quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O SIR GRILO FALANTE

Grilo Falante não faz apologia ao medo
e nem tão pouco papel de marionete
como  cavaleiro aprendeu desde cedo
 usar bem a coragem, a ética e o florete.

Um cavaleiro não fica do lado do mal,
nem tão pouco ajuda-o disseminá-lo,
para o Grilo é um instinto bem natural
defender o mais fracos e ampará-lo.

Os deuses jamais praticam bruxarias,
aliás são combatem veemente a elas
utilizando as suas poderosas magias.

Eleição não é o mal, é sim democracia,
O eleito evita que quaisquer sequelas
Tragam de volta o egoísmo e a tirania.
(O FILHO DA POETISA)

PROCURA-SE: FADA AZUL E FADA MENINA

CAPÍTULO UM – FADA AZUL E FADA MENINA SUMIRAM

Grilo Falante, oh, meu amigo Grilo Falante!
Venha até aqui rápido só por um instante!
Eu preciso de uma ajuda de sua amiga Diana!
A Fada Azul e Fada Menina ... já tem uma semana
que elas sumiram, se esconderam lá na floresta.
Como é que é Fada Arco-Íris? Que estória é esta?

Estou pedindo a ajuda à sua amiga deusa da caça
com medo que possa acontecer a elas alguma desgraça!
Você sabe me dizer o que as motivou tomar tal decisão?
Ah, grilo Falante, elas devem estar fugindo de uma punição!
Quem irá puni-las? Por quê? Não me esconda nada!
Grilo! Conto-lhe se tiver tempo, pois é uma estória bem complicada.

CAPÍTULO DOIS  - O PRIMEIRO PORQUÊ DO SUMIÇO

Você sabe que a Fada menina é muito travessa,
porém nada agora lhe tira da dura cabeça
a  ideia absurda e ridícula de ter um pai.
Já tentei de tudo, mas esta bizarrice de sua cabeça não sai.
Um dia gritei com ela: chega! Não fale mais desse assunto comigo!
Se você insistir ,vou colocá-la no seu quarto e de castigo!

Não sei de onde ela tirou esta grande loucura.
O pior é que a Fada Azul dá à Fada Menina cobertura...
Isto me deixa possessa! Para lhe honesta, deixa-me pê da vida,
daí acabo punindo as duas por estar muito enfurecida!
A primeira coloco de castigo por não ter nenhum juízo
e a segunda  é punida por ter e não usá-lo no momento preciso.

CAPÍTULO TRÊS – O SEGUNDO PORQUÊ DO SUMIÇO

Insisto! Como se não bastasse a ideia bizarra da figura paterna,
a Fada Menina veio com a estória de ter uma paixão eterna
por um menino que é um diabo em forma de gente...
além do mais a fada menina é uma criança inocente;
saiu do cueiro outro dia mesmo, apesar de precoce...
a Fada Azul apóia o namoro dos dois como se natural fosse.

Se pra gente que é adulto o namoro é algo bem complicado,
quem dirá para duas crianças que num recém- passado
estavam ainda engatinhando pelo chão da casa inteira.
Para mim, a Fada Azul está me saindo uma bela alcoviteira.
Não tem cabimento consentir o namoro daqueles dois.
Meu anjinho não combinou com o do fedelho, não será agora e nem depois!

CAPÍTULO QUATRO – ESTÁ TUDO ERRADO!

Vamos por parte, como afirma um frio esquartejador...
Fada Arco-Íris, ouça-me com atenção, por favor!
Não posso chamar a deusa Diana para lhe ajudar,
a sua causa não é humanitária, nem universal e sim particular.
A gente tem o respeito de terceiro não imposto através do medo
E sim porque eles nos amam, é aí que está o grande segredo.

Quando a gente ama alguém, não queremos vê-lo triste.
O sofrimento dele (ser amado) é a dor mais dolorosa que existe.
Fazemos de tudo, o possível e o impossível, para ver o ente amado feliz,
inclusive internalizando e cumprindo tudo com carinho o que ele diz.
Abrimos mãos dos nossos desejos para realizar o sonho da pessoa amada,
fazemos isto com infinita alegria e o que é melhor: sem cobrar nada!

CAPÍTULO CINCO – NEM TUDO ESTÁ ERRADO

Quanto ao fato da Fada Menina ter um pai, contar-lhe-ei a verdade.
Não me esconda nada, Grilo! ... ela ainda não tem para isso maturidade...
se você usar de amor e sinceridade, ela aceitará o fato mesmo sem compreendê-lo,
caso  você omita isto, o que é real mais tarde se transformará num grande pesadelo,
fazendo com que as depois venham sofrer muito recíproca e respectivamente.
Então para que jogar para o futuro um problema do nosso presente?

No que diz respeito à Fada Azul, pode ficar bastante tranquila,
ela está agindo corretamente. Se a fada Menina errar, ela está lá para corrigi-la,
mas não transmitindo medo e sim muito amor e muita confiança;
com isto a Fada Menina crescerá sem o temor de errar e com muita segurança.
Se errou, peça desculpa, e se for possível, conserte ou repare o seu erro
para mais tarde não ficar com a  horrível cara de enterro.

CAPÍTULO SEIS – EXPLICAÇÃO À FADA ARCO-ÍRIS E AO LEITOR

De onde a Fada Menina tirou a ideia de ter pai, criatura?
Fácil de responder. Lembra quando ela teve comigo sua última aventura?
Lembro. Foi quando você, ela, a Fada Sol e a Fada Azul trouxeram uma cria humana
aqui ao nosso Portal. Correto! O nome da criança era lindo, Joanna,
e ela para entrar no Portal foi transformada numa joaninha...
Os humanos para nascerem precisam ter mãe e pai. Foi daí que a pequena fada danadinha...

Faço uma pequena pausa na estória, pois creio que o leiro deve estar furioso
comigo  porque até agora só afirmei que as fadas nascem e aí bastante curioso
deve estar pensando: o autor desta estória vai explicar ou não
de como nascem as fadas? Calma pessoal! Darei sim uma explicação,
não vou dar a você o trabalho exaustivo de pesquisar,
portanto deixemos de blá-blá-blá e vamos ao próximo capítulo para clarear.

CAPÍTULO SETE – COMO NASCEM AS FADAS...

Vou explicar, mas eu não sou fada, apenas o Grilo Falante,
então vou contar a estória de como nasceu as fadas, consoante
O que li no livro de Peter pan, conhecida estória infantil,
portanto se for mentira, a culpa não é minha, viu!
Quando um bebê pela primeira vez na vida vai sorrir,
o sorriso dele em milhares de pedaços irá partir,

estes milhares de pedaços irão livremente se espalhar
e magicamente estes pedaços começarão do nada a saltar.
Quando a nossa curiosidade nos chama lá para ver,
milhares de lindas fadinhas acabaram de nascer.
Depois surge a fada Rhiannon e recolhe toda fadinha bebê,
leva para o mundo mágico, lá elas crescerão, para uma tomar conta de você.

CAPÍTULO OITO – ENCONTRANDO-SE COM A VERDADE

Pensando carinhosamente em tudo que o Grilo Falante lhe dissera
A fada Arco-Íris se sente uma terrível bruxa e se desespera.
Grilo, você tem toda razão! Estou com tanto remorso do que eu fiz.
Buááá! Eu não sou má! Tudo o que eu quero é que a Fada Menina cresça feliz!
Ah, meu pai! Quanto tempo eu venho sendo com a Fada Azul injusta...
Precisamos encontrá-las para eu pedir mil desculpas para me sentir justa!

Só que o senso de justiça não pode só no pedido de desculpas ficar,
você terá que modificar radicalmente  a sua forma das duas tratar.
Deixa totalmente para trás a terrível ideia de punição
e busque com as duas ter mais diálogo e esforço de compreensão.
O namoro da Fada Menina é puro fogo de palha, acabará passando,
percebendo que a ama, o amor que sente pelo guri, a você estará voltando.

CAPÍTULO NOVE – ORAÇÃO AO DEUS HORUS

Vamos encontrar nossas amigas? Como, grilo, se eu não sei onde elas estão?
Bem, neste caso, para encontrá-las, repita comigo esta forte oração:
Poderoso deus Horus, deus mitológico egípcio do mundo dos vivos,
Dê-me uma visão de águia, uma visão de olhos super-ativos,
Pois tenho, para ser bem honesto, nesta hora exata,
duas grandes amigas que se encontram escondidas na mata.

Faça com que eu, deus poderoso e meu honroso amigo,
Encontre-as primeiro do que qualquer um temeroso perigo.
Na mesma hora, o Grilo Falante tem de  toda floresta a real visão.
Fada Arco-Íris, ajude-me aqui, pois já tenho a localização.
Grilinho danado, depois fala que não tem poderes... vai eu acreditar...
Anda Grilinho, não demore! Diga-me onde é que é o tal lugar!

CAPÍTULO DEZ – ENCONTRANDO AS FUJONAS

A partir do meio da floresta, a três quilômetros da mesma, porém no sul,
lá nós vamos  encontrar as duas fadas, próximas a uma árvore mágica azul.
Elas estão se divertindo, jogando uma emocionante partida de queimada.
As fadas não estão sozinhas, elas estão praticando esse esporte com a bicharada.
Num passe de mágica, as duas fadas fazem uma esquisita cara de terror.
Foi você, não é Grilo, que a trouxe aqui! Sua dinda não conhecia este seu lado traidor!

Calma, Fada Azul, não fale assim com o seu querido afilhado...
Você não tem a noção de como esta criaturinha nos tem ajudado...
Estou aqui não para puni-las e sim para levá-las alegremente à nossa casa;
você não sabe que depois da conversa com o Grilo, meu coração ficou em brasa,
agora para evitar que o remorso me queime , só há uma solução:
contar generosamente que as duas fadinhas me concedam o perdão.

CAPÍTULO ONZE – O AZUL DA BONANÇA

Fada Azul e a Fada Menina correm para abraçarem a amiga.
Minhas queridas amigas, vamos fazer um acordo aqui: nada de briga!
Quando uma de nós percebermos que vamos o rumo das brigas tomar,
Contaremos de um a três, chamaremos a que ofendida para conversar;
Assim procedendo não haverá castigo, não haverá medo, ninguém ficará magoada.
Desde jeito a nossa verdadeira amizade não ficará mais desgastada.

Grilo Falante,traga o livro com a estória ilustrada de Peter Pan até aqui, por favor!
O livro é colocado no colo da Fada- Menina. Não sabe ler, mas vê desenhos... Viu, meu amor!
Entendeu agora por que não temos pai? Faz parte da nossa natureza...
Já que é assim, tia, não quero mais saber de pai, com certeza!
Já que a senhola está boazinha hoje, quelo fazer outro pedido neste momento...
Já sei, pode namorar sim! Desde que o seu namoradinho me peça consentimento.
( O FILHO DA POETISA)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A VOLTA DO GRILO FALANTE

CAPÍTULO I - ACABOU

Abro os meus olhos, ainda que muito sonolento,
vou até à beira do rio lavar meu pequeno rosto.
Bom dia Grilo, eu ouvi de todos a todo momento
que cumprimentei. Como é assim tão sem gosto

essa brincadeira boba da bicharada aqui do Portal!
Será que eles não percebem que isso me faz sofrer?
Por que não falam, bom dia Lagarta, de um jeito natural
evitando que com eles eu venha ainda me aborrecer?

Chego à beira do rio. Ao ver na água do mesmo meu reflexo,
vejo que... é verdade!Não há razão de manter o complexo
porque felizmente o cruel castigo que me fora imposto acabou!

Corro desembestado para olhar a flor,o cravo de defunto,
encontro-o seco, morto. A sua morte também levou junto
toda a maldade de quando era bruxa este cravo disseminou.

CAPÍTULO II - O GRILO FALANTE VOLTOU...

Percebendo que o encantamento de Afrodite chegara ao fim,
choro de tanta felicidade e um choro bastante compulsivo,
que todos que se aproximaram ternamente de mim
insistiram para eu parar de chorar, pois agora não há mais motivo.

No lugar do choro deveria dar evasão ao canto, ao sorriso e a alegria
por deixar de ser lagarta. Agora novamente o Grilo Falante eu sou.
Para me dar o bom exemplo, os animais todos cantam em harmonia:
Ô Grilo falante voltou! Grilo falante voltou! Grilo Falante voltou...

No embalo da turma, a tal musiquinha vou alegremente cantando,
cada vez que a frase "o Grilo Fante voltou" minha voz vai pronunciando
chega ao meu ouvido não como canção e sim meu lindo hino de louvor.

Por mais que eu a cante, dessa musica não fico nem um pouco enjoado
e todos que a ouvem pela minha voz vem ser gentilmente incorporado
ao grande coral que se transformou a bicharada neste gesto de amor.

CAPÍTULO III - UMA FESTA IMPROVISADA

Entendendo que o Portal transformou-se numa gigantesca algazarra,
as fadinhas vão se aproximando curiosas em busca de explicação.
Quando elas se aproximam do epicentro de toda aquela imensa farra,
não só concordam com a bagunça e cantam feliz a repetida canção.

O Grilo Falante estava que só sorrisos, exalando a mais pura felicidade,
o seu corpinho estava pequeno para o tamanho do seu feliz coração,
deliciando-se a cada minuto por estar de volta a sua real realidade,
não aquela que vivera num corpo de um inseto que causa repugnação.

Aquela festa mesmo que desorganizada era uma verdeira demonstração
de como ele era uma criatura amada, por todos do Portal, de montão,
deixando-o com verdadeiro aspecto de um ser em pleno e encantado.

Cada fadinha abraçou o Grilo Falante, sentindo-se bastante aliviadas.
Tudo agora voltara a normalidade no maravilhoso mundo das fadas.
As estórias da lagarta Falante a partir de hoje fazem parte do passado.

CAPÍTULO IV - OUTRA  FESTA... PORÉM ORGANIZADA .

Gente! Ouvi-me aqui, por favor! somente por alguns minutinhos.
Tá lindo, confesso! Só que não acham que podia ser mais organizado?!
Grilo Falante! A Fada Menina até lhe ensinou alguns passinhos...
Agora e o momento ideal de você mostrar como foi o aprendizado.

Pessoal, a fada Azul tem razão! Vamos fazer uma festa de arromba,
afinal o nosso amigo "Grilarta", ou melhor dizendo "Grilante", merece.
Isto  Fada Arco-Íris! Zomba do seu amigo aqui todo feliz, zomba!
Nada do que acontecer comigo de ruim hoje, minha intenção carece.

Quer dizer seu Grilo falante que eu sou uma coisa ruim para você...
Perdão, Fada Arco-Íris, expressei-me mal! Não me interprete assim!
Queria só ouvir você me retrucar... estava disto com muita saudade,

afinal de contas essa estória da festa, vou ser honesto: A-DO-REI!
Principalmente porque todos aqui sabem o quanto que eu custei
aceitar viver num corpo de um outro com o qual não tinha identidade.

CAPÍTULO V - "POR FORA BELA VIOLA, POR DENTRO..."

Uma festa organizada começa pela seleção dos seus convidados.
Todos os entes queridos das Fadas e do Grilo receberam o convite,
mas o que deixou os habitantes do Portal bastante contrariados
é que na lista do Grilo constava o nome da maldita deusa Afrodite.

Grilo Falante! A festa é sua! Você convida quem quiser!
Na minha opinião você está bancando o retardado mental...
Como pode chamar à sua festa aquela deusinha qualquer,
responsável por tudo de ruim que lhe acontecera afinal?

Deusa da beleza, sei! "por fora bela viola, por dentro pão bolorento"!
Descontar a ira sobre alguém mais fraco, isto sim é que é nojento!
Deusa do amor! Que amor é este que vira num átimo um ódio mortal?

O amor é um sentimento nobre e não em algo assim tão rancoroso,
é compreensivo, parceiro, encantador, recíproco e muito respeitoso,
não alguma coisa que cause a pessoa amada um grande mal.

CAPÍTULO VI - O RACIONAL GRILO FALANTE

Fada Cigana do Amor, segundo a riquíssima mitologia greco-romana
sabe qual a diferença entre os grandes deuses e os seres mortais?
Vou lhe dar uma prova que a minha racionalidade não me engana!
Os mortais morrem e não tem poderes, eles os têm e são imortais.

Os deuses trazem consigo todos sentimentos que qualquer ser vivo:
ódio, amor, orgulho, vingança, compaixão, alegria, raiva e até ciúme.
Todo ser vivo age assim: quem nos dá prazer, tratamo-nos super-bem;
quem nos causa desprazer merece ser destruído ou um monte de estrume.

Garanto-lhe! Ninguém mesmo aprovou a atitude da deusa da beleza...
se eu agir com estupidez e ódio me igualarei a ela, com certeza,
e assim sendo, não há o porquê de todos ficarem a meu favor!

Olhando por este ângulo, dou-lhe agora a razão, Grilo Falante,
e sendo ela sem "desconfiômetro" e completamente arrogante,
é certo que virá à festa com o nariz empinado e arzinho de superior.

CAPÍTULO VII - A REUNIÃO DOS DEUSES

Festa organizada. Comes e bebes prontos. O dia tão desejado chegou!
Todos que foram convidados compareceram, sem nenhuma exceção.
No Portal dos Sonhos e Magia a festa do Grilo Falante iniciou.
O inseto recebeu todos um por um como manda um bom anfitrião.

Durante a boa e animada festa uma coisa chamou de muitos atenção
e atiçou uma curiosidade incrível que precisava também ser saciada.
Todos os deuses se reuniram num canto, parecendo-se em reunião
onde uma decisão séria e importante estava sendo ali tomada.

Estava havendo uma reunião mesmo ou era um mal entendido?
Caso fosse uma reunião, o que realmente esta sendo decidido?
A decisão seria prejudicial a todos ou seria favorável?

Aquilo que parecia uma reunião depois de algumas horas foi encerrada.
De repente a música que tocava muito alto na festa foi encerrada
e no Portal dos Sonhos e magia se fez um silêncio inenarrável.

CAPÍTULO VIII - O COMUNICADO DOS DEUSES

A escolhida para ser o porta-voz dos deuses foi a deusa Afrodite.
Quem não era deus sentiu um terrível e forte frio na espinha
e sobre eles era uníssono o seguinte e fadítico palpite:
prepara-se que um chumbo bem grosso sobre nós vinha.

A festa está boa. Lamentamos interrompê-la por um instante,
mas é que temos um comunicado urgente a lhes fazer.
Fizemos uma reunião ali num cantinho de emergência e importante
e o que ficou decidido entre nós, vocês agora irão saber.

Grilo Falante! Temos uma proposta nova a lhe fazer
e não vamos impor nada, será você é quem irá escolher;
a sua escolha sobre ela todos nós aqui assinamos.

Você pode continuar sendo o nosso amado Grilo falante,
ou será do mundo das fadas um mago de agora em diante,
ou o sacerdote do deuses. O que você tem a falar? Ouçamos!

CAPÍTULO IX - UM POUCO DE ESCLARECIMENTO

O que eu ganho ou perco continuando a ser o Grilo Falante?
O que eu ganho ou perco sendo o mago do mundo das fadas?
A mesma pergunta serve caso seja o sacerdote dos deuses? É interessante
saber os pontos negativos e positivos das opções que me foram dadas.

Sendo Grilo falante, a sua atual situação você a mantém,
entrando numa enrascada maior terá que nos pedir uma mãozinha.
Você disse a outros, e acredita nisso, que magia não tem.
E a capacidade de escrever qualquer tipo de texto, refletir e argumentar?

Sendo mago das fadas, você deixará de ser um cavaleiro errante
porque terá que fixar sua residência aqui, entendeu Grilo falante!
Você será um dos guardião e o protetor desta linda terra encantada.

Não poderá usar seus poderes como arma de vingança ou para o mal.
Você só poderá usá-lo para o bem e proteger este encantador Portal,
para qualquer outra situação a sua magia será totalmente inutilizada.

CAPÍTULO X - UM PLEBISCITO

Sendo sacerdote dos deuses, você será o mediador entre nós e qualquer mortal,
terá também poderes e caso queira pode aqui continuar morando,
só que constantemente você será obrigado a sair deste Portal
porque sempre para algum de nós, deuses, há um ser vivo orando.

Caso tenha uma outra opção melhor a fazer, agora é o momento,
pode rasgar o verbo conosco, não precisa ficar acanhado.
Amados deuses, o assunto é muito complexo. O que dizer sem discernimento?
Preciso de um tempo maior para refletir. Terei todo esse tempo por vocês dado?

Grilo Falante, já que para você está difícil de tomar a decisão sozinho,
traga essa decisão para o coletivo! Indicamos a você este caminho.
Divida esta responsabilidade com seus amigos. A ideia não é coerente?

Claro que sim! Como poderemos concretizar essa ótima ideia então?
Colocaremos as três opções numa cédula e realizaremos uma eleição.
Concordo sim! A partir daí Afrodite dá o seguinte veridito:pessoal, toque a festa em frente!
(O FILHO DA POETISA)

O DEMÔNIO DOS SONHOS

CAPÍTULO UM – O “PITÍ” DA LAGARTA FALANTE

Fada dos Sonhos, eu realmente não acredito!
Eu já estou até me benzendo por completo!
Que estória é essa d’eu me virar outro inseto,
só deixando de ser feio para ser um inseto bonito?

Insisto! Chega, Fada dos Sonhos, eu não admito
de virar um outro animal, mesmo que não abjeto!
Qualquer dia virá alguém e me transformar em objeto
e vai ficar por isto mesmo, ninguém vai achar esquisito!

Sei que estou num mundo mágico e não tenho magia
e por isto vem um ser encantado com a sua tirania
transformando-me em que ele quiser, a seu bel- prazer.

Chega! Chega de me pegarem assim para Cristo!
Já estou realmente de saco cheio com isto,
não suportarei mais se isso de novo acontecer!

CAPÍTULO DOIS – “DEBAIXO DESSE ANGU TEM CARNE”

Todo o mundo sabe que fui em Lagarta transformado
porque escrevi um poema exaltando a beleza da Fada Bel,
eis que surge irada na minha frente vindo lá do céu
a deusa da beleza com a sentença a qual fui condenado.

A deusa mitológica Afrodite já veio de caso pensado
em me dar um castigo assim de forma tão cruel.
O assunto em questão era beleza, a minha foi pro beleléu
transformando-me neste inseto pela feiúra vitimado.

Se meu castigo é ser uma criatura feia e não linda
essa estória de ser uma borboleta fica sem sentido ainda
contrariando a punição que a deusa me tenha dado.

Casando-me com outra borboleta e sendo feliz, só aumenta a contradição.
tornando mais ainda incoerente tal esquisita situação,
portanto concluo que nesta estória há algo de errado.

CAPÍTULO TRÊS – ORÁCULO DE DELFOS

Só de pensar que esse fato seja verdade passo a temê-lo
e o meu peito é habitado por uma imensa amargura,
só a hipótese de ser transformado em nova criatura
já é para mim em vida outro horrível pesadelo.

Temendo o que a Fada dos Sonhos me disse venha acontecê-lo
vou ao Oráculo de Delfos ver qual será minha ventura
para que eu possa hoje através desta visão futura
no meu destino já no presente, agora, possa mexê-lo .

O Oráculo de Delfos me afirmara com toda certeza:
Fada não traz pesadelo, isto seria um tipo de malvadeza,
quando ela cuida dos sonhos, sonhamos é com coisas boas da vida...

Segundo o oráculo, não fui visitado pela Fada dos Sonhos
e que a verdadeira causa de meus sonhos serem medonhos
é um demônio que vem aparecendo na forma da tal Fada querida.

CAPÍTULO QUATRO – UM POUCO DE MITOLOGIA MEDIEVAL

Esse demônio somente à noite é que ele aparece.
É chamado de Súcubo se esse capeta for feminino
Ou de Íncubo, caso esse satanás seja masculino.
É por causa dele que o pesadelo então acontece.

De noite, quando ele vem, o sono reparador desaparece,
esse demônio vem montado num cavalo de fogo. Traquino,
faz com que o sonho da gente tenha um terrível destino...
às vezes é tão cruel que o sonho não tem fim, acordamos e vamos à prece,

de tanto que ficamos bastante impressionados;
chegamos até ficarmos mesmo dormindo bem suados
de tamanho enorme que é o nosso susto.

Se fosse a Fada dos Sonhos teríamos sonhado com anjinho
e cada sonho na verdade seria um ótimo caminho
de alívio ao nosso estresse e assim teríamos o sono do justo.

CAPÍTULO CINCO – SOBRE O PODER DO ÍNCUBO

Nossa, meu pai! O meu caso é ainda mais aterrorizador,
pois estou tendo esses pesadelos mesmo estando acordado,
a culpa só podia ser desse demônio que de mim tem apossado!
Disseram-me o que tenho é depressão, mas não é não senhor...

Agora entendo o porquê da minha vida não ter mais sabor
e o porquê de andar cada vez mais e mais desanimado.
A cada aparição sua, ele rouba minha energia, sinto-me esgotado,
sem a força nenhuma, não há como ser um grande guerreiro lutador.

Se essa situação continuar procurarei com os meus próprios pés a morte,
porque não havendo como vencer um inimigo tão forte,
não darei ao meu adversário o gostinho de tirar a minha vida.

Garanto que a idéia de suicidar-me este demônio aprova
quer saber? Eu? Tirar a minha vida? Uma ova!
Vou reunir minhas poucas forças e encontrar uma saída!

CAPÍTULO SEIS – FADA SONHO VERSUS ÍNCUBO

Com o pressentimento de que algo ruim está acontecendo
a Fada dos Sonhos sai para olhar como está os sonos das fadas e o meu,
avistando o íncubo sobre mim sugando minhas forças ela entendeu
do grande risco que o Portal dos Sonhos e da Magia estava correndo.

Com toda coragem e magia, a Fada dos Sonhos vai me defendendo
e o demônio dos sonhos então interrompe o trabalho seu
ao ver que o seu adversário é uma pequenina fada percebeu
que nenhum sério risco ele, o íncubo, estava tendo.

Dizendo umas palavras impossíveis de a gente entender
o capeta dos sonhos lança um pouco do seu enorme poder
sobre a Fada dos Sonhos, arremessando-a com força ao chão.

O tinhoso dos sonhos deixa-me e parte em direção da Fada;
fico muito desesperado pois não tenho forças para fazer nada,
nem para tentar salvar a Fada dos Sonhos desta horrenda situação.

CAPÍTULO SETE - A SALVAÇÃO

Quando o demônio sobe na Fada para sugar dela toda energia,
não teve tempo nem de começar o serviço. Ouvira em alto e claro som:
Deixe a Fada e a Lagarta falante em paz! Quem lhe fala é a Fada Rhiannon,
a rainha das fadas, dona desse  mundo chamado Portal de Sonhos e Magia.

O diabo olha para Rhiannon com toda fúria que no olhar possuía,
grita inconformado para rainha das fadas: tá bom! Tá bom!
E a deusa das fadas se mantém enérgica sem perder o tom
disse para o chifrudo dos sonhos: também sou a sua rainha, sabia?

Vamos, íncubo, me obedeça! Ajoelha-se diante de sua soberana!
O demônio se curva mesmo com ódio que de sua visão emana
diante da rainha dos infernos, a esposa de Hades ou Plutão.

Obedeça-me, volte para o inferno com o rabinho entre as pernas
ou você irá querer enfrentar as minhas fúrias que são eternas
e elas serão as responsáveis pela sua deliciosa extinção.

CAPÍTULO OITO – A PAZ DE VOLTA AO PORTAL...

Do embate com o satã, a Fada teve as asas e as costelas quebradas,
enquanto a Lagarta Falante que estava da morte por um triz
de tão fraquinha que estava o pequenino inseto infeliz,
ambos tiveram seus problemas resolvidos pela deusa das fadas.

Fada dos Sonhos e Lagarta Falante não fiquem mais preocupadas,
o íncubo está de volta ao inferno aonde lá o malvado criará raiz,
o Portal dos Sonhos e Magia a partir de agora voltará a ser feliz
porque os problemas causados pelo íncubo são águas passadas.

Amiguinhas, tenho que partir, pois há outras coisas a fazer...
fiquei orgulhosa em vê-la sua amiga Lagarta Falante defender
apesar de saber que o seu oponente fosse infinitamente superior.

Quanto a você, Lagarta falante, demonstrou ser bem resistente
não só no corpo, mas também ser muito forte a sua mente...
Parabéns a vocês duas. Deram o que tinham de melhor!
(O FILHO DA POETISA)

sábado, 16 de janeiro de 2010

JOANNA, A JOANINHA

CAPÍTULO I – UMA NOVA FÃ

Lagarta Falante, tem uma amiguinha querendo lhe conhecer!
Quem é Fada Sol? Estou emocionado! Que legal! Que legal!
Traga-a então, querida amiga Fada Sol, para me ver!
Isto não acontecerá, pois ela é uma deficiente visual;
quanto a isto não tem problema, a gente dá um jeito...
para querer me conhecer essa pessoa deve ser bem bacana.
Você é muito convencida, mas dessa vez como verdade aceito.
A sua nova fã tem seis anos de idade e o nome dela é Joanna.

CAPÍTULO II – GRANDES DIFICULDADES

Para Joanna lhe conhecer aqui muita coisa assim emperra,
vou citá-las pra você: primeiramente ela não mora no Portal;
segundo Joanna mora lá no planeta dos humanos : a Terra,
nosso poder de fadas não dá para trazer alguém tão real;
terceiro ela não enxerga, como irá lhe ver?
quarto será que os familiares da menina vão deixar
ela vir aqui? Se for a resposta sim, como iremos saber?
Não olhe as dificuldades, se não o sonho dela não ira realizar!

CAPÍTULO III – QUEM PODERÁ REALIZAR O DESEJO DA FÃ?

Coincidentemente a Deusa Íris apareceu neste dia para visitar
sua amiga nova, Fada Arco-Íris, ou seja a fadinha xará.
Depois da visita à fada, a deusa foi com a Lagarta conversar,
saber do seu amiguinho se alguma novidade para levar há.
A Lagarta Falante falou que sim e queria a deusa um favor pedir,
disse que não era nada em relação aos deuses e sim uma humana.
Conta-me tudo o que você sabe para que eu possa realmente decidir.
Ao ouvir a história a deusa não pensou duas vezes: vamos trazer a Joanna!

CAPÍTULO IV – RETORNANDO À TERRA

Deusa Íris, eu posso ir á Terra com você e a Lagarta Falante?
Claro que sim Fadinha, afinal de contas ela é a sua amiga!
Então vamos! Através do Arco-Íris chegaremos lá num instante.
Andar de arco-íris é como escorregar em tobogã: da um frio na barriga.
De repente a menina percebe a presença de três seres no local
e mesmo com medo pergunta quem está no seu quarto.
Não se assuste menina, aqui só tem gente muito legal:
eu, deusa Íris, a Lagarta Falante e sua amiga Fada Sol. Reparto

CAPÍTULO V – A JOANINHA JOANNA

com você a mesma alegria que vai sentir ao realizar o seu desejo.
Vamos agora rápido para o Portal dos Sonhos e da magia.
Seus pais não sentirão sua ausência, pois o tempo a eles será um lampejo,
mesmo você, menininha, ficando lá no Portal todo o dia .
Como humana você não irá aproveitar a terra encantada,
por você ter seis anos e ser uma criatura bem pequeninha,
caso me consinta, você será magicamente transformada
num pequeno inseto xará seu: você será uma linda joaninha.

CAPÍTULO V I– O SIM DA JOANNA

Como inseto você enxergará o mundo através de duas anteninhas
queira através de vibrações conhecer, enxergar a terra das fadas,
assim você poderá ver suas novas e lindas amiguinhas
e garanto-lhe que ao conhecê-la todas ficarão consigo fascinadas
como eu estou sinceramente me sentindo agora.
Será que ouvi direito? A sua resposta é mesmo sim?!
Então venha e suba no arco-íris e vamos embora
e imediatamente chegaremos ao mundo das fadas enfim.

CAPÍTULO VII – NO PORTAL DAS FADAS

Ao perceberem gente nova aparecendo, todas as fadas
e acharam  o novo inseto um ser colorido e bonitinho.
As anfitriãs ficaram pela joaninha muito encantadas
e a visitante foi coberta por todas com amor e carinho.
Ganhou abraços, sorrisos, beijinhos e um monte de presente
para ela não mais esquecer que teve naquele mágico lugar.
Joanna joaninha era só dentes, de tanto que estava contente.
O que ela mais adorou foi a Fada menina com quem amou brincar.

CAPÍTULO VIII – TUDO A NORMALIDADE

Infelizmente tudo que é muito bom parece que dura pouco,
pelo menos é assim que se sentem os nossos queridos personagens.
Ao saber que é o momento de regressar, o pequenino inseto fica louco
porque a Joaninha queria aproveitar o máximo e das coisas tira vantagens.
Vamos Joanna, seu tempo expirou e cada um de nós tem que voltar ao seu mundo,
despede-se de todas que o meu arco-íris para gente ir embora já estou formando.
Vamos Joanna, não posso esperar de jeito nenhum se quer mais um segundo.
Assim que chega ao seu quarto o inseto na menina de antes vai retornando.
(O FILHO DA POETISA)

P.S.: Poema dedicado à minha amiguinha oculta de nome JOANNA

LAGARTA FALANTE ACABRUNHADA

Querida Fada Menina, sei que vou lhe decepcionar
e que você vai me considerar uma pessoa careta,
confesso-lhe envergonhadamente que não sei dançar
e nem tão pouco  sei andar em qualquer bicicleta.

Quando vou pra dança o meu esqueleto não quer balançar
pareço estar com uma armadura medieval toda completa
agora sobre o veículo de duas rodas que não sei pedalar
quando fui aprender, caí no chão, considerei-a obra do capeta.

Desde já considere o seu convite para dançar negado
e o fato de você ter uma bicicleta eu mesmo não a invejo.
De novo lhe peço que não me considere um ser enjoado...

Dei-me um sinal que não ficou chateada!Faça-me um gracejo
para que eu não   fique no meu cantinho assim acabrunhado.
Sou um animalzinho que não preciso de bicicleta, pois sou andejo.
(O FILHO DA POETISA)

MAIS UM APURO DA LAGARTA FALANTE

Queridas fadinhas! Queridas fadinhas! Socorro!
Tem uma ave faminta querendo me devorar!
Ai meu deus, será que é hoje que eu morro,
pelo jeito  comida dessa ave eu vou virar!

Corro demais... demais... e mais ainda eu corro
e do terrível pássaro eu não consigo me livrar,
não sei mais agora  mesmo a quem recorro,
de tão desesperado ,eu não consigo pensar.

Grande deus Thot, risque já da lista dos mortos
meu nome , por favor! Meus pés semimortos
parecem, mas a minha vontade  de viver existe.

Ouço uma voz pueril: passarinho, aqui alpiste!
E o bicho que me olhava com olhares absortos
vai atrás da comida fácil e de me comer desiste.
(O FILHO DA POETISA)

O GÊNIO VINGATIVO

CAPÍTULO I - A GARRAFA MÁGICA

Creio que devo mesmo estar com estafa
ou então, ainda cedo estou endoidando,
escuto alguém muito longe  chorando
e o pior é que o choro vem daquela garrafa.

Não aquento mais, a voz desabafa!
A minha família perigo está passando,
enquanto isto o tempo continua voando
e esta agonia no meu peito que me abafa.

Pego a garrafa, percebo que ela é diferente,
não dá pra ver nada lá dentro, pois ela não é transparente
faz-me lembrar àquelas garrafas das estórias do oriente.

Seguindo o meu instinto as patinhas na garrafa esfrego,
imediatamente vem em mim um desejo enorme e cego
de ter que ser realizado três pedidos meus e nesta fé me apego.


CAPÍTULO II - CADÊ O GÊNIO?

Depois de sair da garrafa muita fumaça
percebo que estava havendo algum engano
ao invés de aparecer um gênio, apareceu-me um humano
para você vê  o meu azar, a minha desgraça.

Ao me ver o ser humano acha muita graça
bate nele um certo ar de desengano:
agora mesmo é que minha sorte entrou pelo cano.
O que fazer agora para livrar minha família da ameaça?

Mesmo me sentindo muito desrespeitada
falei para o ser humano que não estava entendendo nada
 e perguntei o porquê da família dele estava sendo ameaçada.

O homem permanecia ainda com o problema atordoado
Olhava-me com um jeito totalmente desconfiado,
mas fazer o quê o humano deve ter pensado...

CAPÍTULO III – O COMEÇO DA ESTÓRIA

Vamos nos apresentar?! Eu me chamo Abdala
e você inseto, como se chama? Eu me chamo Grilo Falante.
O humano de novo ri. O quê,Grilo ? Você é lagarta, sua ignorante!
Nesta hora um ódio de mim e daquele homem no meu olhar exala.

Bem, Lagarta! Ouviu! La-gar-ta! O homem fala,
sou árabe e filho de um grande comerciante.
Lá na Arábia Saudita minha família é importante,
comercializamos todo tipo de tecido como opala...

Desde de pequeno que ouvi falar em gênios. São entidades boas ou más...
Pois bem! Há muito tempo, para ser mais preciso, oitocentos anos atrás
meu  ancestral Rachid de aprisionar um gênio mal numa garrafa foi capaz.

Rachid além de ser muito esperto, era também corajoso,
não é qualquer um que enfrenta um gênio maldoso
e graças essas duas qualidades do embate ele saiu vitorioso.

Em pleno século vinte e um, anteontem para ser bem exato
encontro na beira da praia um estranho e bonito artefato,
rapidamente esfrego a garrafa para o gênio sair de imediato.

CAPÍTULO IV - EIS O GÊNIO

E não é que um grande gênio surge à minha frente,
pensando que fosse do bem, fui logo fazendo os meus desejos.
O gênio olha para mim com ódio e me diz em tons de gracejos:
Errou de gênio! Nada de pedidos! Tenho outra coisa em mente!

Ah, até que enfim! Estou livre, livre novamente!
Os meus primeiros dias na garrafa, a vingança era apenas lampejos,
depois dos meus poderes mágicos serviçais tive grandes pejos
e a ira pelo que Rachid me fizera foi me dominando totalmente.

Então o sentimento de vingança começou a falar por mim
e eu jurei : as gerações de Rachid, atuais e futuras, terão o mesmo fim
que ele me impusera; de ficar preso numa garrafa eternamente sim!

Todo gênio tem um amo. O meu é este grande ódio mortal
que sinto por Rachid e seus descendentes. Só descansarei afinal
quando as gerações, futuras e atuais, do Rachid estiverem nesta garrafa infernal.

CAPÍTULO V – DENTRO DA GARRAFA

Já falei demais seu mísero humano! Chega de lero-lero!
Como pra mim você é inútil, dou-lhe o privilégio de ser o primeiro
a ficar dentro da garrafa como infinito prisioneiro,
enquanto eu, vou realizar o meu desejo que tanto quero.

Com um simples estalar de dedos e para o meu desespero,
já estava dentro da garrafa rápido e rasteiro;
um grande pavor tomou conta de mim por inteiro
e aí comecei a chorar por estar em estaca zero.

Dois dias depois ser na garrafa aprisionado,
você me aparece e faz com que eu seja libertado,
sendo meu libertador um pequeno inseto fiquei de novo decepcionado.

CAPÍTULO VI – A FRUSTAÇÃO DE ABDALA

Se o meu libertador fosse um homem bastante inteligente,
ou um general de um grande exército, ou um bravo guerreiro,
ou se fosse um grande sacerdote, ou um bom feiticeiro,
aí sim teria esperança de engarrafar o gênio novamente.

E quem é meu libertador?! Uma Lagarta falante e demente
que acredita ser um grilo, o que não é verdadeiro
e um gênio do mal que tem meus parentes como alvo certeiro...
Oh, grande Alá, você poderia ser mim condescendente!

A Lagarta Falante chocada com que ouvira fica completamente muda.
Como pode um ser precisando demais de uma ajuda
ofender alguém assim de forma tão aguda?!

Como diz o ditado: quem está perdido não caça caminho!
É melhor ter alguém, por pequenino que seja, do que sozinho
ir enfrentar um inimigo tão perigoso e tão mesquinho.

CAPÍTULO VII – LAGARTA FALANTE SE REVOLTA

Olha aqui, Abdala! Eu sei quem sou! Sou um Grilo Falante!
O que os seus olhos veem  é fruto de um cruel encantamento
de uma deusa. A estória é longa e agora não é o momento...
Jamais pensei que fosse passar por uma situação assim tão ultrajante!

Escuta aqui seu árabe mal-agradecido! Em nenhum instante
dirigi-me a você com tanta grosseria e insultamento,
portanto me respeite sim! Seu ser humano nojento!
De seres mal-educados e ingratos quero ficar é bem distante!

Dizendo tudo que tinha para dizer a Lagarta Falante vai embora,
neste momento Abdala outra vez compulsivamente chora
vai atrás do inseto e humildemente lhe implora...

Lagarta Falante! De coração! Peço a você que me perdoe
por ter lhe ofendido de graça, sem razão! Na verdade foi
a primeira vez e espero que seja última. Já fui maltratado, sei como dói.

CAPÍTULO VIII – A ESTRATEGISTA LAGARTA FALANTE

Desculpas aceitas! Agora vamos estudar a sua real situação!
Há um gênio rancoroso querendo aprisionar todos os seus...
ele não quer matá-los porque se não você já estaria diante de seu deus...
isto mostra que ele não é um gênio mal, só está agindo mal. É a minha conclusão.

Pense comigo, pois duas cabeças pensam melhor do que uma afinal.
Um gênio cuja vingança  arremessou os bons sentimentos deles  nos breus
de sua alma. Para este, os bons sentimentos se tornaram peças de museus;
o que ele apenas vê na sua frente é um grande ódio imortal, ou será imortal...

A única saída que vejo é o gênio de novo respeitar
ás leis do universo encantado, se ele de novo olhar
a situação normal, com certeza um bom gênio irá retornar.

Tem como me deixar com este gênio focinha a cara?!
Não me olhe com estes olhos de que estou maluca, para!
Assim como você, ele vai subestimar minha inteligência rara.

CAPÍTULO IX – NO TAPETE VOADOR

Olha, o gênio tem dois dias na nossa frente,
só que um tempinho ainda ele vai precisar
para suas vítimas ele poder identificar,
não pode sair vitimando qualquer tipo de gente.

Não sei como, mas temos que chegar lá bem de repente
e o nosso convercê para mais tarde deve ficar...
seu país é longe daqui, como podemos rápido lá chegar?!
Abdala assobia e um tapete mágico aparece simplesmente.

Fiquei realmente com um olhar encantador!
Nunca vi na vida um tapete voador,
continuei olhando para ele com estupor.

Vamos minha amiga, suba logo no tapete voador...
mudei de ideia, fique no meu bolso, por favor,
deixe comigo porque sou um bom condutor.

CAPÍTULO X – INIMIGO À VISTA

Depois de horas no tapete chegaram a tal terra distante
e a Lagarta observava tudo sem dizer nada,
até que chegou a hora por eles tão esperada;
afinal não é difícil encontrar um gênio gigante!

A capital da Arábia, Riad, vivia um clima de terror constante
onde cada pessoa local se sentia muito ameaçada.
O gênio vê o tapete e a pessoa que deveria estar na garrafa aprisionada
e se dirige ao humano com uma voz firme e ameaçante:

Abdala! Abdala! Seu humano burro e insignificante!
Como você se atravesse vir atrás de mim! Só pode ser idiota bastante,
Acreditando que possa me enfrentar e sair deste confronto triunfante!

Aliás, quem foi o imbecil que lhe tirou daquela garrafa estressante?
Vou dar a este intrometido um final triste e agonizante...
O gênio cai na gargalhada ao saber que fora por uma lagarta Falante.

CAPÍTULO XI – DE FOCINHO E CARA COM O SEU ALGOZ

Como você se atreve ficar de mim zombando!
Lógico que você está protegendo o seu libertador!
não adianta! Vou arrancar-lhe o nome e seja quem for
já pode começar ir desde já rezando!

Não é zombaria não! E do bolso a Lagarta foi tirando.
Eis aqui quem da garrafa me tirou. Não é um ser assustador
mas devo a este inseto esse grandíssimo  favor.
Insisto! É pura verdade o que estou lhe falando.

Ao ver o enorme gênio rancoroso volta para si
deu na Lagarta uma forte dor de barriga de piriri,
mas agora é muito tarde, não há como fugi.

Todavia a coragem da Lagarta é superior ao seu medo
e controla a sua dor de barriga. Eis aí revelado o seu segredo
e se tivesse mão, garanto-lhe que no nariz do gênio encostaria o dedo.

CAPÍTULO XII – A VITÓRIA DA LAGARTA

Já que vocês querem brincar, vou levar esta brincadeira até o fim!
Lagarta Falante, você quer me derrotar com que magia?
Vou lhe dar a chance de me atacar para não disserem que usei de covardia...
mas a lagarta assume que não tem poder nenhum e me enfrentaria mesmo assim.

Eu quero lhe mostrar que a sua magia não tem nenhum efeito sobre mim.
Oitocentos anos na garrafa e seus poderem acabaram a bateria,
sem suas mágicas nenhum mal alguém você faria,
portanto não seja ridículo e caia na real enfim!

Ao ouvir as palavras da lagarta o gênio fica entediado
dispara raios e mais raio para tudo quanto é lado
e fala à Lagarta: seu caso agora ficou ainda mais complicado.

O gênio parte sobre a Lagarta bem possesso
envia-lhe várias magias e todas sem sucesso
e o gênio então de choro tem acesso

CAPÍTULO XIII – DE VOLTA PARA A GARRAFA

O gênio volta à garrafa sentindo-se humilhado
perder para alguém minúsculo e nem magia tinha.
Qual é o segredo que aquela pequena criatura continha
que me fez sair daquele fatídico duela derrotado?

Perdoe-me grande Ala por não ter em você acreditado,
isso demonstra que tenho no senhor era pequenininha...
se o senhor me enviou a Lagarta Falante é porque ela seria minha
solução para este caso tão incrivelmente complicado.

O senhor , Alá, me ouviu e veio me ajudar por eu ter tanto orado
pedindo-lhe que interceda por este servo que estava condenado
a ficar preso numa  garrafa mágica até tudo estar consumado.

Enquanto isso o gênio tenta achar uma resposta
para entender o motivo de ter perdido a aposta
e não a encontrado, cada vez mais se desgosta.

CAPÍTULO XIV – O SEGREDO QUE O GÊNIO NÃO SABIA

Com um aspecto muito feliz e cheio de curiosidade,
Abdala quer saber em detalhes qual a magia usada
para que as do gênio não valessem de nada
e que a lagarta lhe contasse toda verdade.

Eu do começo ao fim sempre usei da sinceridade,
não sou uma lagarta. Estou assim porque fui castigada
por uma deusa que por mim sentiu-se insultada.
Sou um Grilo Falante e não uma Lagarta. Esta é minha realidade.

A magia do gênio não teve sobre mim nenhuma utilidade
porque ele, o gênio, queria ter a minha forma modificada
e isto já tinha sido feito pela deusa  lá no terra encantada
onde o encontrei na garrafa em plena infelicidade.

Sabia que o gênio possui uma magia bem maior
enquanto eu não possuo nenhuma magia, o que é pior,
porém a magia de um deus em relação ao gênio é bem superior.

Se em vez de me  transformar numa outra coisa ou ser
e me desse um chá de sumiço, grande êxito ele iria ter
pois continuo insistindo que nenhuma magia afirmo ter.

CAPÍTULO XV – A SAGACIDADE DA LAGARTA FALANTE

Quer dizer então que o gênio ainda tem sua magia?
Correto! Como ele usou a tática errada eu blefei,
o genial é que ele acreditou em mim. Agora não sei
quanto tempo a mentira vai durar. Pode ser dias ou dia...

Então ainda estamos correndo risco, sabia?
Jurava que tudo estava resolvido,pensei...
Porque você não resolveu o problema de vez, não sei,
só sei que se dependesse de mim este gênio nunca mais aparecia.

Como  o devolvi para a garrafa, sou do gênio agora o dono,
não vou deixá-lo em momento algum no abandono...
Você Abdala, pode ficar tranquilo, não precisa perder o sono.

Vou resolver este problema de uma vez por toda sim!
Peço a você duas coisas: primeiro confie em mim
e segundo, sabe onde mora o meu amigo Aladim?

CAPÍTULO XVI – O DESTINO DO GÊNIO

Mais um amigo que se assusta com minha nova aparência.
Não tem outro jeito! Parece que com isto já estou acostumando...
Novamente a estória de como virei Lagarta para ele vou contando.
É meu querido só há duas soluções:  cumprir o castigo e ter paciência.

Mas vamos o que interessa. O que traz você à minha residência?
Está vendo essa garrafa que Abdala está segurando?
Dentro dela tem um gênio que há oitocentos anos vem se alimentando
de rancor, vingança, está quase batendo a porta da demência.

Ele não é um ser mal, só traz consigo este grande defeito
e como você, Aladim, tem um gênio que anda direito
talvez ele conversando com o outro gênio pudesse dar um jeito.

Quando o meu gênio não tiver mais consigo esta negatividade
então que seja cumprido o meu desejo: dê a ele liberdade
para que este gênio possa ir em busca de sua felicidade.
(O FILHO DA POETISA)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A ESTÓRIA QUE SEI DA DEUSA DAS FADAS RHIANNON

O que vocês chamam de Rainha das Fadas, Rhiannon,
conheço-a pelos outros nomes que você não faz idéia...
no mundo que sei da mitologia greco-romana, bom!
Ela é chamada de Perséfone, Prosérpina ou Coreia..

Perséfone e nessa mitologia a jovem deusa da fertilidade,
filha da deusa Deméter ou Ceres, deusa da agricultura,
com o deus Júpiter ou Zeus, o deus supremo da divindade;
Prosérpina passou na sua vida uma triste ventura.

Num belo dia quando Coreia estava colhendo lindas flores
ela fora raptada pelo deus do inferno, Hades ou Plutão;
o que fez a sua mãe Deméter ou Ceres sofrer horrores.

Ceres pediu a Zeus que tirasse Perséfone lá do inferno,
como a moça comeu seis grãos de romã ferindo a condição
dada por Zeus à libertá-la foi condena  ser esposa  de Hades por todo eterno.
(O FILHO DA POETISA)

OS TRÊS PORQUINHOS

CAPÍTULO I – UMA POBRE FAMÍLIA

Era uma vez... era uma vez...
uns meninos bem porquinhos,
na quantidade eram três;
eles viviam largadinhos
assim o três pobres coitadinhos
ficavam no mundo largados,
pois seus pais viviam alcoolizados,
torravam todo dinheiro em bebida
e com isso viviam endividados
não pagando qualquer dívida,
nem tão pouco colocavam em casa comida.

CAPÍTULO II – LAR AMARGO LAR

Na casa dessa família não tinha iluminação,
não tinha água... faltava tudo!
Não tendo luz, não há como assistir televisão
e o rádio deles ficava praticamente mudo.
Não tendo água os meninos viviam imundos,
também seus pais pareciam dois vagabundos;
para ser mais franco, pareciam moradores de ruas,
os filhos deles viviam mendigando
na tentativa de matarem a fome suas
e muitos nãos eles iam escutando
de gente que de sentimentos vivem nuas.

CAPÍTULO III – O CAÇULA

Os três meninos não tinham certidão de nascimento,
nem o nome deles era na verdade conhecido...
eles eram chamados a todo momento
somente através de apelidos (cada um tinha um apelido).
O caçula tinha o alcunha de Palhaço
porque apenas uma boa palha de aço
para tirar do corpo dele toda a sujeira
e dar a ele a boa sensação verdadeira
do frescor de um belo e gostoso banho,
mas para ele isso não passa de uma brincadeira,
brincadeira de um mau gosto que não tem tamanho!

CAPÍTULO IV – O IRMÃO DO MEIO

O apelido do menino do meio também não era bonito
era mesmo daqueles apelidos bem exóticos, diferentes...
O menino do meio era chamado de Palito
por trazer sempre consigo um graveto limpando unhas ou dentes.
Não! Palito não era, apesar do apelido, magrelo
e como os dois irmãos também não era belo.
Sentia-se incomodado com as unhas e boca sujas,
desejava ter a boca bem escovada
e as unhas limpas, transparentes cujas
mãos sonhavam em tocar uma boa viola
para acompanhá-lo na sua cantarola.

CAPÍTULO V – O IRMÃO MAIS VELHO

Como primogênito dos irmãos “sem nomes”
o apelido do mesmo era Pedrito.
Era tão sujo que só várias pedras- pomes
para deixá-lo próximo de bonito.
Por estar mais tempo nesta vida dura
trazia o coração cheio de amargura.
Culpava seus pais por ele ter uma vida maldita,
amabilidade era uma fantasia pura
somente daqueles que não tem a mesma desdita
que ele, vivendo num mundo cheio de ilusão
até o momento em que o infortúnio venha lhe dar a mão.

CAPÍTULO VI – A DEUSA ÍSIS

Sabendo que a vida das crianças não era maravilha
assim como era também triste a vida daqueles pais.
A deusa egípcia Isis, a deusa da família,
resolve interceder por aqueles pobres mortais,
por isto ela vai ao Portal dos Sonhos e Magia
acreditando que seu amigo Grilo Falante poderia
ajudar-lhe a resolver aquela terrível situação.
Chegando lá quase que a deusa se enfarta
ao ver o seu amigo transformado em uma lagarta.
Depois do susto mantém o pedido de ajuda ao seu amigo
que aceita ajudá-la mesmo estando sob castigo.

CAPÍTULO VII – O QUADRADO MÁGICO

A Lagarta Falante entende todo sentimento de dó
que a deusa egípcia traz no seu bondoso coração,
só que o inseto diz que não pode ir só
para cumprir com sucesso aquela missão.
Obtendo da deusa Ísis a branca carta
para lhe ajudar nesta tarefa a Falante Lagarta
pede auxílio as fadas Dos Sonhos, Menina e Azul (sua dindinha),
que ficaram felizes em poder dar uma mãozinha;
enquanto que a tristeza do Grilo Falante pra longe fora,
pois a condição de ser lagarta neste instante o Grilo ignora
porque o inseto se preocupa em ajudar a deusa egípcia agora.

CAPÍTULO VIII – NA HUMANIDADE

A deusa Ísis deixou os seres fantásticos no terreiro
da pobre família, que era um imenso matagal,
naquele lugar seria até costumeiro
ter lagarta e insetos naquele quintal.
Quando os três meninos chegaram da rua, seu segundo lar,
enxergaram no mato a horrível Lagarta Falante
e tiveram o desejo cruel e assassino de nela pisar.
A vontade dos meninos só não foi avante
porque a Fada Azul lançou sua poderosa magia
sobre a Lagarta e sua amiga das crianças protegia.
Os malvadinhos perceberam que algo diferente lá acontecia.

CAPÍTULO IX – TRÊS POR QUATRO

O menino mais velho percebeu que o fato era sobrenatural
se benzeu todo, chegando a sentir muito medo
e para ele a Lagarta falante abriu a boca final
pedindo-lhe para que ele guardasse este segredo.
Os outros dois irmãos tiveram também a mesma sina.
Passando o choque e os meninos cada vez mais curiosos,
foram apresentados a eles as fadas Do Sonho, Azul  e Menina
e olhavam para a Lagarta que fala... Nossa!Quanto dinheiro poderia ganhar
só com o raro animal, bastando apenas aquela Lagarta falar
e nesta miséria que eles vivem, jamais iriam ficar!

CAPÍTULO X – O DESEJO DESCOBERTO

Obrigada, Fada Azul, pelo alerta,
as carinhas deles de jeito nenhum me convence.
Pode tirar da cabeça esta ideia, pois ela não dará certa
de me transformar numa incrível atração circense.
A madrasta má da Branca de Neve tentou e se deu mal...
eles esqueceram que venho do mundo encantado e não do mundo real;
eu vim com o objetivo de torná-los felizes
missão esta a mim confiada pela deusa Ísis,
a minha ajuda não será de ter em mim uma fonte de ganhar dinheiro
e sim em mudar o modo de viver seus por inteiro.

CAPÍTULO XI – CONVERSA SINCERA

Como vocês têm oito, sete e seis anos, respectivamente,
é necessário que vocês sejam reconhecidos como cidadãos,
só assim terão os seus direitos resguardados e existirão legalmente
e para isso é necessário que cada um tenha o registro de nascimento em mãos.
Primeiramente, nossos pais terão que parar de beber,
disse tristemente o irmão porquinho caçula,
para que a nossa vida não seja assim tão chula
e a gente possa então atrás dos nossos sonhos correr...
Correto, disse Fada Azul! Mas não é pedindo esmola
que vocês algum dia alguém poderão sonhar a ser,
mas sim através da educação, através de uma boa escola!

CAPÍTULO XII – UMA GOTA DE FELICIDADE

Enquanto a Fada Azul e a Lagarta Falante conversam seriamente e sem frescura,
a Fada menina vinha fazendo uma nova travessura
para alegrar aquele sem colorido e sóbrio ambiente,
remedando a Fada Azul e a Lagarta falante
arrancando risos de todos, virando mais tarde gargalhadas  espontaneamente,
chegando a amolecer o coração e a face do irmão mais velho
que de tanto rir ficava igual tomate(vermelho).
pena que naquele instante não havia ali se quer um espelho
a fim de que o irmão mais velho pudesse com os seus próprios olhos ver
que feliz, qualquer um, até ele mesmo pode ser,
mas para isto a amargura do seu peito terá que desaparecer.

CAPÍTULO XIII – OTRABALHO DA FADA DOS SONHOS

Aproveitando-se de que os pais das crianças viviam apagados,
pois eles estavam constantemente sobre efeito da bebida,
a Fada dos Sonhos começou a dar os seus recados
nos sonhos deles de como eles podem melhorar de vida.
Ao acordarem e contarem os seus sonhos e veem que eles foram iguais,
ambos se convencem de que cada vez mais
os seus sonhos não são simplesmente sonhos e sim
de que eles estão recebendo mensagens divinas com o fim
de deixarem de lado aquela vida tão ruim
e possam viver, quem sabe, uma outra realidade
que lhes permitem ir em busca da felicidade.

CAPÍTULO XIV – O NOME DAS CRIANÇAS

Sonhar o mesmo sonho a semana inteira não pode ser coincidência...
com a mesma linda moça alada enchendo-lhe de esperanças...
os pais resolvem por a mão na consciência
e num deste despertar vai ao cartório registrar as crianças.
O mais velho recebeu o nome de Radamés, o do meio Isidro e o caçula Isidoro,
nomes estes que foram ditos pela moça alada dos sonhos de um jeito bem canoro,
mesmo os pais das crianças não sabendo os seus significados,
Obedecendo os seus sonhos esse foram os nomes aos filhos dados.
Todos os três nomes possuem os seguintes significados e raízes:
Radamés (egípcio) = filho dos deuses; Isidoro e Isidro (gregos) = dádiva de Ísis.
A nova esperança dos pais era de que a vida de seus filhos tivesse novas diretrizes.

CAPÍTULO XV – PESADELO

Dois dias seguintes, os pais das crianças tiveram o seguinte pesadelo...
quando eles foram secamente beber um copo de cachaça
viram o líquido se transformar em algo horrendo, que qualquer um rechaça,
chegando a arrepiar do corpo todo o cabelo;
do vasilhame da bebida saía uma Lagarta Falante
com um olhar monstruoso e dizia num tom delirante:
quando você toma “da água que o passarinho não bebe”
é a mim na verdade que o seu corpo recebe
e uma vez alojado no seu interior, a cada gole
que você dá, a minha boca um pedaço da sua saúde engole
e depois lá na frente vem a morte que o console.

CAPÍTULO XVI – ADEUS AO MUNDO DO VÍCIO

Abandonar a bebida é a nova decisão a ser tomada
porque os pais das crianças ficaram impressionados de tal maneira
com o pesadelo que resolveram não beber mais nada
que tivesse álcool, para não tornar verdadeira
a profecia dada pelo mundo onírico,
mostrando-lhes que o fim dos mesmos será trágico e não lírico.
Como parar de beber não é uma decisão fácil, pelo contrário difícil,
os dois resolvem abandonar o ócio e para não ficar vulnerável ao vício
vão trabalhar. A mãe vai trabalhar de diarista,
o pai, como tem carteira de habilitação, de motorista,
além de “pegar como bico o serviço” de eletricista.

CAPÍTULO XVII – O FIM DA MARGINALIDADE

Vendo que aquela família está mudando de verdade,
o presidente da associação do bairro convoca a comunidade
para ajudar a família dos meninos Isidro, Isidoro e Radamés,
e todos propõem ajudá-la para que ela não caia outra vez.
As vizinhanças lhe dão água, cestas básicas e roupas usadas,
festanças na comunidade foram organizadas
para que essa família possa pôr suas contas de água e luz em dia;
enquanto a Fada Menina vai distribuindo alegria
àquelas crianças que antes da chegada dela nada disto conhecia.
A Fada Azul vai acompanhando a todos e tudo bem atenta,
já a Lagarta Falante vendo seus planos dando certo se contenta.

CAPÍTULO XVIII – DE VOLTA À DIGNIDADE

Água em casa, luz também. Agora podem ouvir rádio e ver televisão.
A situação dos meninos nunca estivera tão legal!
Na casa deles já não estava faltando mais pão
e o terreiro estava bem limpo, não havia mais o matagal.
As crianças estão matriculadas na escola e os pais agora trabalhando,
o grupo dos Alcoólicos Anônimos a família está de perto acompanhando.
A missão dos nossos amiguinhos já está bem no final
pouquíssima coisa agora existe para fazer.
A Lagarta Falante pede gentilmente à Fada dos Sonhos fornecer
belos sonhos e o mundo inteiro naquele momento adormecer,
mesmo não tendo explicação atende ao amigo sem nada entender.

CAPÍTULO XIX – RETORNO D DEUSA ÍSIS

A deusa Ísis aparece de repente, vê tudo praticamente solucionado,
fica orgulhosa e muito feliz das amigas terem êxito na missão.
Cada menino daquela família não mais de porquinho será chamado
e os pais dela para o vício da bebida voltam mais não.
A Fada menina toma a palavra e diz de forma tão descarada:
- Ei, deusa, você mesma que veio lá do alto, do céu,
tá na cara que a senhora não é o Papai Noel,
mas não dá para dar brinquedos para a garotada?!
As Fada Azul, dos Sonhos e a Lagarta Falante pedem desculpas à deusa egípcia.
Ísis disse que não há do que desculpar e achou a ideia uma delícia
e que este será o jeito de dizer às amigas MUITO OBRIGADA.
(O FILHO DA POETISA)

sábado, 2 de janeiro de 2010

COMUNICADO AOS NETINHOS DA FADA AZUL

Meus leitores mirins, João Victor e Anna Victória,
tenho que contar para vocês a seguinte estória,
pois sei que não devem estar entendendo nadinha:
escolhi a avó de vocês para ser minha fada madrinha!

Confesso que Isso jamais passou pela minha memória,
mas querem saber a verdade? Para mim isto é uma glória!
Já que era um direito que no mundo encantado eu tinha
podia escolher quem eu quisesse e escolhi de vocês a avozinha.

Vocês não sabem o quanto que para mim é tão importante
já que não tenho magia, ter uma fadinha para me proteger
e também por eu ser um pequenino e indefeso inseto falante

vocês sabem fui castigado e serei lagarta por período de um mês
que é o tempo que um cravo defunto (a bruxa) consegue viver
e depois segundo a deusa Afrodite voltarei ser Grilo Falante outra vez.
(O FILHO DA POETISA)

P.S. : Fada Azul, na passagem de ano, os meus familiares fazem o AMIGO OCULTO. Este é um presentinho meu de amigo oculto para você, João Victor e Anna Victória.