Prefiro mil vezes que a senhora me bata,
que me trate igual um sarneto cão vira-lata
mas, por favor, mamãe, me tire desse castigo!
Prometo à senhora que hoje eu não mais brigo.
Eu não cometi de modo algum cruel assassinato
para viver como um bárbaro prisioneiro de fato.
Juro ,por tudo que é sagrado, que a culpa não foi minha
de ter esbofeteado com gosto o bobo do filho da vizinha.
Ele usou o seu lindo nome acompanhado por um monte de palavrão
Por ser a senhora minha mãe, fui defender a sua reputação.
Eu, mamãe, a amo muito e para não ser chamado de mariquinha
bato em qualquer um que a insulte, igual fiz ao filho da vizinha.
Pronto, mamãe! Tudo esclarecido e colocado o pingo no i
então posso sair do castigo, não preciso mais ficar aqui.
Como disse o ditado não merece castigo quem fala a verdade,
logo, mãezinha, já posso me considerar em plena liberdade.
Como ? Creio que a senhora deseja que eu tenha um infarto...
Só se eu pedir desculpas à vizinha e ao filho dela é que eu sairei do meu quarto?!
Mamãe, o que a senhora está exigindo de mim não tem cabimento.
Acho que a senhora não entendeu. A senhora foi alvo de xingamento,
portanto,mamãe, qualquer um sensato pode ver que é o contrário;
além de ter apanhado de mim ainda merecemos desculpas daquele otário.
Epa! A senhora não muda uma vírgula do que disse? Meu Pai do Céu, que coisa tétrica!
Mãe, não quero ficar no meu quarto em prisão perpétua. Traga-me uma cadeira elétrica.
(O FILHO DA POETISA)
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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