Para muitos o poeta é um fingidor, tese esta fácil de ser comprovada pelo poema de Fernando pessoa; já outros acreditam que o poeta é um sonhador, está sempre longe da realidade, como Campos Lara (personagem do “Feijão e o Sonho”). No meu entender as duas definições estão incorretas.
Fingir significa falsificar uma realidade, enganar, ludibriar. Se o poeta fosse realmente um fingidor ele não conseguiria através dos seus poemas tocarem o interior humano, uma vez que o coração do homem só o engana, quando este não acredita ou não quer acreditar na verdade. Olhando por este ângulo então, percebemos que o poeta não é o fingidor e sim o leitor que faz do poema escrito a sua realidade.
Sonhar é fugir da realidade de maneira que é impossível o retorno devido à incompatibilidade existente entre o sonho e o real. Uma coisa onírica tem duração curta, com isso como explicaríamos a imortalidade dos versos e do poeta dos mesmos? Quem não quiser olhar por este prisma pode responder-me que se o poeta fosse um sonhador, por que um Castro Alves era chamado de “poeta dos escravos? Por que então a existência de uma poesia social de um ferreira Goulart? E Carlos Drummond, como é que fica nesta, com suas poesias que criticam a realidade social e a dificuldade do poeta em se manifestar literariamente?
Não podemos ver o poeta como apenas um homem que faz versos. Este conceito é inexpressível e só pode sair da boca daqueles que não tem sensibilidade para sentir interiormente a magia dos versos. O poeta é aquele que trabalha artesanalmente com palavras para que elas possam chegar sem dificuldades ao coração dos homens. Se o poeta domina as palavras do léxico, então ele é um artista, e como todo artista, vê a vida não com olhos da razão, mas consoante a sua sensibilidade que mais tarde se desenvolverá e se transformará numa inspiração; daí para a poesia é só um pulinho.
Fingir significa falsificar uma realidade, enganar, ludibriar. Se o poeta fosse realmente um fingidor ele não conseguiria através dos seus poemas tocarem o interior humano, uma vez que o coração do homem só o engana, quando este não acredita ou não quer acreditar na verdade. Olhando por este ângulo então, percebemos que o poeta não é o fingidor e sim o leitor que faz do poema escrito a sua realidade.
Sonhar é fugir da realidade de maneira que é impossível o retorno devido à incompatibilidade existente entre o sonho e o real. Uma coisa onírica tem duração curta, com isso como explicaríamos a imortalidade dos versos e do poeta dos mesmos? Quem não quiser olhar por este prisma pode responder-me que se o poeta fosse um sonhador, por que um Castro Alves era chamado de “poeta dos escravos? Por que então a existência de uma poesia social de um ferreira Goulart? E Carlos Drummond, como é que fica nesta, com suas poesias que criticam a realidade social e a dificuldade do poeta em se manifestar literariamente?
Não podemos ver o poeta como apenas um homem que faz versos. Este conceito é inexpressível e só pode sair da boca daqueles que não tem sensibilidade para sentir interiormente a magia dos versos. O poeta é aquele que trabalha artesanalmente com palavras para que elas possam chegar sem dificuldades ao coração dos homens. Se o poeta domina as palavras do léxico, então ele é um artista, e como todo artista, vê a vida não com olhos da razão, mas consoante a sua sensibilidade que mais tarde se desenvolverá e se transformará numa inspiração; daí para a poesia é só um pulinho.
(Filho da Poetisa)
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