domingo, 30 de agosto de 2009

DOMINGO SEM VIDA

Meus ouvidos,
meus olhos,
meus lábios,
meus braços,
meu corpo,
sentiram falta de você.

Minha vida tornou-se inexpressiva
assim como o meu sorriso,
                  a minha voz,
             os meus gestos,
              o meu domingo.

Ontem vivi na base da inércia.
Tudo devagar ... devagar quase parando!
Sentei-me junto à saudade.
Fi-la um carinho e a implorei
que suavizasse a minha dor
ou me destruísse de uma vez.

As frases de amor não saíram da minha boca,
ficaram com medo e encurraladas
à minha garganta.

O meu coração só serviu para bombear o sangue
porque o seu amor não compareceu ao encontro do meu
e por isto o meu amor preferiu amofinar-se.
Não pediu ajuda a ninguém,
pois o que ele menos queria
era se comunicar com outrem.

Ontem foi um dia triste para mim.
Parecia que o meu ser estava de luto.
O pior é que muitos domingos, como de ontem,
virão e lá estarei outra vez como vítima.

Não gostaria jamais de fazer este papel,
mas quem pode relutar contra o destino?!
Filho da Poetisa

Nenhum comentário:

Postar um comentário