sábado, 5 de setembro de 2009

O LOUCO E OS MONSTROS

Dizem que monstros não existem
que ele são personagens míticos
presentes nas estórias infantis
ou então em ficção-científica.
Vocês me rotulam de louco
e eu os chamo de trouxa!
Afinal, quem de nós tem razão?

Vocês não sabem o que eles fazem?
Pois eu e qualquer um sabemos muito bem!
Eles fazem críticas destrutivas,
só para acabar com o sujeito;
arremessam crianças pela janela
de um prédio do quinto andar;
arrastam crianças fora do carro
presas a um cinto de segurança;
convocam um exército de aedes aegypti
especializado em dengue hemorrágica,
Para espalhar epidemia, pavor e morte,
numa cidade que se diz maravilhosa;
torram todo o dinheiro público
e deixam o povo passando fome,
sem moradia, saúde e infra-estrutura básica;
eles botam fogo em índio que está dormindo
inocentemente num ponto de ônibus;
violentam sexualmente mulheres e crianças;
matam pais de família, quiçá a família toda;
distribuem drogas para inutilizar nossa juventude;
sentem um prazer incomensurável em destruir
a natureza e concomitantemente o planeta.
Depois vão posar de santinho ou vítima
diante das câmaras de televisão.

Quais são os objetivos deles?
É mostrar para nós o quanto somos insignificantes;
é blindar o nosso coração para que o amor
Não fixe ali sua eterna morada;
é asfaltar o caminho da nossa vida com sangue;
é tirar dos nossos olhos a luz e colocar trevas;
é nos colocar num mundo de pânico;
é disseminar egoísmo, solidão, violência, descrença,
a infelicidade, a ganância, a inoperância e o medo.

E afinal de contas, quem são eles?
Claro que se eu tivesse a certeza absoluta,
levaria todos para um grande estádio de futebol
e os mataria um a um com minhas próprias mãos.
Em vez de gritar com os pulmões: Rai, Hitler!
Eu diria estafado "hasta la vista, babies!"
E depois sem remorso nenhum no meu coração,
iria, talvez contaminado por eles ,
pedir hipocritamente o perdão de Deus.
Filho da Poetisa

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