quinta-feira, 24 de junho de 2010

UM URSO FEROZ

CAPÍTULO UM – INTERROMPIDA JORNADA

Estávamos voando à-toa, eu e a minha amiga Fada melada,
quando alguma coisa ruim interrompeu nosso percurso,
assustado eu fiquei quando percebi que era uma patada
desferida em nós por um imenso e fortíssimo urso.

A minha amiga mágica estava totalmente desacordada
e eu grogue com as patinhas livres, porém sem recurso,
enquanto isso a fera através vem de olhares e da fungada
para nos encontrar às pressas, achando assim o nosso curso.

Não preocupo comigo. Verde, na mata ninguém me achava!
O problema estava com um forte cheiro de mel que exalava
Da fada, alimento este que o gigantesco animal apreciava.

Caminhei com muito custo carregando a Fada Melada
Que nas alturas do campeonato estava ainda desacordada
E lhe juro que jamais carreguei uma criatura tão pesada.

CAPÍTULO DOIS – URSO NÃO SAGAZ

O diacho do urso cinzento tinha um faro bastante aguçado;
sentiu, mesmo estando muito longe, o cheiro da minha amiga.
Achou em segundos o nosso cárcere. Tinha um olhar esfomeado
Que chegou a dar um friozinho na minha pequenina barriga.

Assim que nos achou escondido, a grande fera conosco jogou pesado.
Parecia que ela considerara a árvore, nosso esconderijo, como inimiga.
Penso com os meus botões, se os tivessem: esse bicho é mesmo retardado!
Por que investir em dois minúsculos seres que mal sustentariam sua lombriga?

Se esse urso gigantesco fosse um animal assim muito sagaz
com toda a certeza ele nos deixaria viver em paz
e em busca de uma caça de grande porte iria atrás.

Aí sim, ele teria a comida com muita fartura,
ficaria com alguns dias na vida com a maior brandura
sem ir atrás de uma caça por alguns dias (sua fatal ventura).

CAPÍTULO TRÊS – QUE GELADA!

A Fada Melada aos poucos vai recobrando a consciência...
apesar do urso irado lá fora, este fato me deixa mais tranquilo
porque a Fada Melada com a sua poderosa magia e sapiência
resolveria rapidamente sem nenhum problema tudo aquilo.

Já de volta ao seu juízo perfeito a Fada Melada toma consciência,
através de mim ela fica sabendo do nosso presente tão intranqüilo.
A Fada Melada me pede a varinha de condão para resolver com urgência
a nossa horrível situação e ficarmos completamente livre daquilo.

A varinha mágica não estava com a Fada e nem tão pouco comigo,
diante dessa triste realidade vimos que corríamos grande perigo.
Fiquei novamente meditativo: será que é de algum deus esse castigo?

Depois de muito pensar tirei dos deuses a responsabilidade desta fria
que agora eu e a minha querida amiga Fada melada tanto angustia,
pois não é pecado brincar e através da brincadeira mostrar alegria.

CAPITULO QUATRO - COMO SAIR DESSA?!

Temos que achar o mais rápido possível minha varinha de condão
se quisermos sair ileso imediatamente dessa grande enrascada,
caso contrário o grande urso continuará sendo o dono da situação
até chegar ao momento em que nossos esforços seriam iguais a nada.

É uma ideia maluca, mas não existe mesmo outra solução.
O jeito é eu sair como isca para afastar aquela fera danada,
enquanto isto você procura e encontra a varinha desejada,
depois volta depressa e livra o seu amigo dessa imensa roubada.

Vamos! Se esfregue em mim respeitosamente e deixa-me seu cheiro,
pois o urso pensará que está perto de um pote de mel e virá rápido e rasteiro
atrás de mim. Para não ser pego pela fera terei que ser bem ligeiro.

Não tendo o urso na entrada da árvore, a Fada vai cumprir a sua missão
de reaver sua salvadora, eficiente, mágica e linda varinha de condão
para por fim de vez em nossa tão assustadora situação.

CAPÍTULO CINCO – SE LIVRANDO DA CONFUSÃO

Com a enorme desilusão estampada visivelmente na cara
por parecer alguma coisa tão eterna e em vão sua busca,
de repente a fada sente uma luz se incidir no seu rosto, era a vara;
por muito pouco o forte lume da varinha o olhar da Fada ofusca.

Quando chega à direção do objeto mágico, a Fada para de voar
de tão ansiosa e contente, faz isso de uma forma tão brusca
que quase a espinha dorsal da Fada de uma hora pra outra se deslocara
Para fora do corpo da mesma, tornando-a uma entidade “molusca”.

Ao pegar a vara, a Fada Melada voa no mesmo instante
para salvar o corajoso, amado, amigo e astuto Grilo Falante,
por acreditar que o mesmo esteja numa situação periclitante.

Quando encontra o Grilo, ele está sozinho e ela não faz ideia
do que acontecera com o urso. O inseto atraíra o bicho para uma colméia
de onde as abelhas, em legítima defesa, expulsaram a fera da aldeia.

CAPÍTULO SEIS – INUSITADO DESEJO

Grilo Falante! Grilo falante! Você é mesmo um bichinho danado!
Pensando que você estava correndo risco de morte ou até morrendo
para a minha surpresa como lhe encontro: em perfeito estado
como se nada de grave lhe tivesse realmente acontecido.

Fada Melada, você pode achar que estou ficando “abilolado”,
mas tenho que lhe fazer esse estranhíssimo pedido
leva-me onde se encontra aquele cinzento urso malvado
que durante essa estória toda nos insistentemente perseguido

Eu não vou achar que você está maluco! Terei é clareza!
você deve não ter, Grilo Falante, amor á vida com certeza
para me fazer um pedido que a qualquer um cause estranheza.

Fada Melada, eu sei seguramente o que estou fazendo!
Para lhe ser sincero nenhum risco estaremos correndo,
uma vez que acredito que o urso está de dor sofrendo

CAPÍTULO SETE – COMPENSAÇÃO

Como já disse, lá encontraram o animal sofrendo de dor,
causado pelos ataques das guerreiras e destemidas abelhas.
coitadinho dele! Ele também é uma criatura do criador
não merece passar por isto. Está inchado até as orelhas!

Vamos, Fada Melada! Cure o coitadinho do urso, por favor!
Livra-o deste tormento onde os ferrões parecem relhas.
Na mesma hora o urso deixou de ser um animal gemedor
pois o seu corpo parecia que não estava mais nas grelhas.

Livre de toda dor, o urso parecia feliz habitar o céu,
ainda mais que a Fada Melada lhe dera um grande pote de mel
atendendo mais um pedido do Grilo Falante, seu amigo fiel

Já que está tudo na santa paz e em seu devido lugar,
vamos para o nosso querido Portal dos Sonhos e Magia voltar
para ficarmos quietinhos e por lá serenamente descansar.
(O FILHO DA POETISA)

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