Olhei para o céu e vi uma ave ignota,
só por prazer a mirei com minha espingarda de sal,
quando caiu é que percebi que era uma gaivota,
diferente das demais por ter belas asas de cristal.
Por que eu tive esta idéia pra lá de idiota
de abater sem motivo algum o inocente animal?
Pela aparência rara só pode ter vindo de uma terra remota
e ainda não sei o motivo dela está fora do seu habitat natural.
Para acabar com o sentimento de culpa, resolvo cuidar da ave.
Mais com remorso fiquei ao saber que o estado dela era grave.
Chamei veterinário, pai de santo, tudo para salva-la, não ficar mal nesta estória.
Com a ajuda terrena e divina a situação foi contornada.
O bichinho acabou ficando apenas com a asa direita quebrada.
Por ter saído do sufoco e do remorso, dei o nome de gaivota de GLÓRIA.
(O FILHO DA POETISA)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
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